Poção; do latim potio, que significa “bebida”. Deste radical que veio a palavra “potável”. Entretanto, o sentido literal foi perdido, nem todas as poções são potáveis; algumas chegam até a serem venenosas, e outras são feitas para uso externo somente. Boa leitura!
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Poções
Uma poção é um preparado mágico, composto de materiais que têm ou agregarão uma função energética, com um propósito mágico correspondente ou relacionado.
Inicialmente, as poções eram consumidas de forma oral; ou seja, bebidas. Entretanto, o termo hoje em dia abrange, qualquer composto mágico líquido, com os mais diversos usos e finalidades. Tônicos, elixires, loções, perfumes… e muito mais.

Mas, é só jogar um monte de ingredientes em uma panela, que a poção já sai pronta!? Não! É preciso encantar a poção, para ativá-la. É necessário ter uma intenção e trabalhar a energia dos itens que se utiliza, em paralelo.
A Lua, principalmente para uma pessoa que pratica Bruxaria Natural, é extremamente importante. Sabia que há registros de ritos feitos à Lua, onde a água do mar era misturada a ervas, com um propósito mágico, na antiguidade? E é possível utilizar a energia do período lunar correspondente para agregar energia à poção. Na prática, ao fazer uma poção de banimento em um período de Lua Minguante, fazer uso da energia deste período no preparo e na ativação desta poção tende a potencializar seus efeitos. Por outro lado, uma poção de amor, feita no mesmo período, tenderá a banir, minguar, a energia do amor.
Quando uma poção é feita com mais que um ingrediente, além do líquido base, pode ser classificada como uma concocção. Uma poção também é classificada como concocção quando seus ingredientes são misturados através de aquecimento.
Tipos de Poções
• Chá: Popularmente, é uma infusão de ervas secas ou frescas. Porém, o chá, verdadeiramente, é uma bebida bem específica: o preparado através de infusão de uma erva chamada Camellia sinensis. Mas calma, aquele “chazinho” de camomila, ou hortelã, erva-cidreira, que geralmente as avós faziam (e ainda fazem) é na verdade uma tisana.
• Tisana: Preparado de ervas, geralmente por infusão, para ser bebido.
• Suco/Sumo: Preparado feito espremendo ou triturando frutos, cascas, e/ou ervas. Quando não se têm muito líquido, o processo pode ser feito com adição de água. Geralmente é bebível.
• Tintura: Preparado por maceração de ervas, cascas, raízes, frutas, e/ou flores, curtidas em álcool etílico puro para extração de aroma, geralmente. Para a utilização interna, utiliza-se poucas gotas diluídas em água. CUIDADO! Não bebam tinturas puras!
• Óleo: Preparado de consistência oleosa, aromático ou culinário. Geralmente se acrescenta as ervas em óleo de soja, oliva, girassol, ou milho, e se deixa curtir ao abrigo do Sol e da Luz.
Outros Preparados Associados
• Unguento / Pomada: Preparado oleoso, de consistência mais firme, pastosa, de compostos.
• Cataplasma: Preparado mais “rústico”, onde os compostos são triturados (por vezes pisados, ou mascados), geralmente com o propósito de serem aplicados imediatamente diretamente em feridas.
Técnicas de Preparo de Poções
Infusão
Consiste em colocar a água fervente sobre a(s) erva(s) em um recipiente (para não perder as essências), e fechar o recipiente por uns dez ou vinte minutos. Mais indicada para as partes mais tenras das ervas, partes mais fáceis de extrair os princípios ativos, folhas e flores.
Modo de preparo: Utilizar um recipiente que resista a aumento súbito de temperatura, já que, afinal, você derramará sobre as ervas nele água fervendo.
Tisana
A tisana consiste em uma pseudo-variação de uma infusão, que consiste em colocar as plantas já em água fervente, não havendo necessidade de abafar depois.
Modo de preparo: Colocar as ervas já em água fervente, deixar ferver por cerca de cinco minutos, sem a necessidade de abafar o recipiente em seguida. Após o tempo de fervura, é só coar, e a tisana está pronta para o consumo.
Decocção
Consiste em colocar a erva em água à temperatura ambiente, para ferverem.
Modo de preparo: O tempo de fervura é variável, geralmente de quinze a trinta minutos. Esta técnica é mais indicada para caules, raízes, e sementes, que por sua dureza, necessitam ser submetidos ao calor crescente para liberarem os princípios ativos. Não há necessidade de abafar depois da fervura.
Maceração
Consiste em deixar a(s) erva(s) imersa(s) em água, óleo ou álcool, à temperatura ambiente, para que o líquido adquira as propriedades da erva. Essa técnica é indicada para plantas nas quais os princípios ativos são facilmente destruídos pelo calor.
Macerar também é sinônimo de “amassar”, especialmente quando falamos de banhos mágicos. Neste caso, contudo, pode não significar a mesma coisa.
Modo de preparo: Colocar a erva para macerar em um recipiente que não deixe passar a luz solar. A luz pode oxidar o produto, e fazê-lo perder mais rápido suas qualidades benéficas. O tempo de maceração varia de dez a vinte e quatro horas, sendo mais tempo para as partes mais duras (caule, raízes, sementes), e menos tempo para as partes mais moles (folhas, flores).
Elixires
Os elixires são semelhantes às tinturas, porém a porcentagem de álcool é bem pequena, cerca de 20%, sendo o restante, água. Um elixir é, em vias de regra, potável, e geralmente tem ação revigorante, reenergizante, ou curatória.
Elixires de Cristais
Entretanto, quando se fala de elixir de cristais, o álcool não é utilizado no processo de energização, visto que muitos cristais não podem entrar em contato nem mesmo com a água. Muitos cristais são energizados indiretamente, ou seja, não entram em contato com a água. A exemplo da pirita, que libera gases tóxicos em contato com a água. Selenitas, cianitas, como outro exemplo, são muito frágeis e acabam se dissolvendo na água. Na dúvida sobre que tipo de cristais pode utilizar ou não, pesquise.
O álcool pode ser utilizado em quantidades bem pequenas, depois do elixir já energizado e para conservação extensa. Ou seja, que dure dias ou semanas. Geralmente o que é adicionado de álcool após o elixir energizado, sequer chega a 5% do volume total. É somente para evitar que as bactérias presentes na água se proliferem, mas é totalmente opcional, também. E obviamente, os cristais utilizados já devem ter sido separados, neste ponto. E o elixir, preferivelmente, coado.
Depois do elixir pronto, é preferível que seja guardado em um recipiente de vidro, com tampa firme (que pode até mesmo ser uma rolha). E inclusive, pode ser o mesmo recipiente no qual foi energizado.
Energização Direta
Neste caso, você mergulha os cristais na água, e pode beber diretamente dela. Imediatamente, ou após energização solar, lunar, ou como preferir.

Energização Indireta
Quando os cristais NÃO PODEM entrar em contato direto com a água que você irá consumir, você tem a opção de energizar indiretamente. Preferivelmente utilize recipientes de vidro.
Você pode simplesmente colocar cristais ao redor do recipiente com água, não dentro. Mas também pode colocar um copo ou frasco menor com cristais dentro do recipiente de água, mas de modo que a água nunca toque o lado interno deste copo ou frasco, onde estão os cristais, mas sim o exterior dele. Prefira a energização indireta quando não souber se é seguro utilizar um cristal em um elixir.

Energização Direta & Indireta
É quando ocorrem as duas energizações simultaneamente.

Luã Musi
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