Runas: Confecção e Consagração

Pouca coisa conecta melhor um criador a uma arte do que o processo de feitura. Muito importante é o processo! Continuaremos a falar sobre as Runas, desta vez sobre como confeccionar e consagrar um jogo.


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Bênçãos, e boa jornada!


Fabricando suas Runas

Muitos defendem que é intrínseco que os materiais utilizados, e os processos de fabricação sejam totalmente naturais. Alguns preferem utilizar madeira, até mesmo pela própria simbologia da Yggdrasil, a árvore que, para os nórdicos, segura e conecta os Nove Mundos. Outras pessoas, preferem entalhar em pedras (ou cristais). Há quem vá mais além e utilize conchas, ou partes animais (a exemplo ossos, ou dentes) na confecção do seu jogo de runas.

Há também quem diz ter feito runas em peças de epox, ou resina, e afirma que funcionam tão bem quanto… Não é meu trabalho dizer se você pode ou não pode confeccionar as suas runas com materiais não naturais, e nem cabe a mim validar sua eficácia. Contudo, se me perguntar os materiais que eu indico para a confecção de runas, vou direto na lista dos naturais, encabeçada por madeira, e seguida por pedras e cristais.

Mesmo durante a confecção, você já está imantando o seu jogo de runas com a energia destas, afinal, ainda na confecção você vai desenhar os símbolos rúnicos. Então, não faça de qualquer jeito.

Consagrar suas Runas?

Consagrar é sacralizar. Tornar sagrado, sacro. Com as runas não acontece diferente. As runas são consagradas para que carreguem consigo a energia dos símbolos que as exprimem e/ou das divindades às quais o jogo é consagrado. Consagrar a uma divindade é, de certa forma, presentear a divindade em questão com este jogo de runas. Um jogo de runas consagrado a uma divindade conta com o auxílio desta divindade no que cabe a presidir o oráculo, e ajudar na intuição no que cabe às leituras feitas com este.

É importante se conectar com a divindade anteriormente, seja via meditação ou outro método. Certifique-se de que a divindade aceita que o jogo seja consagrado a ela, afinal, ninguém recebe bem um presente que não tem interesse, principalmente se for de alguém com quem não tem ligação: não existe “química”… agora imagine, se você vai chegar para uma divindade que mal conhece, com a qual pouco se conectou, e pedir que ela coloque parte de sua energia em seu jogo de runas… não vai rolar.

Consagrando a Divindades

Obviamente, caso opte por consagrar seu(s) jogo(s) de runas a alguma divindade, esta divindade precisa pertencer ao panteão de divindades da mitologia nórdica, e ter alguma ligação com as runas. Ou ao menos com o destino, ou vidência. Entre os principais exemplos podemos citar Odin, tendo em vista os mitos mais difundidos; Freyja, também, sendo esta conhecida em uma das vertentes do mito como “Guardiã das Runas“. Em seu aspecto Mardöll também, embora ela seja mais cultuada na Wanen, uma tradição de bruxaria. É muito comum ver também, jogos de runas consagrados às três Nornes: Uld, Verdandi e Skuld.

Podem haver correntes que possam discordar, mas defendo o posicionamento de que não há sentido algum em consagrar um jogo de runas a uma divindade que não tenha ligação com alguma esfera de poder relacionada a oraculismo, ou vidência, ou ao destino/tempo cronológico.

Há também quem consagre as runas aos Espíritos Rúnicos, que são os espíritos-essência de cada runa, sendo esta uma visão moderna.

Como Consagrar?

Primeiramente, que fique claro: a consagração é pessoal, e singular. Então, não se preocupe em fazer igual a outra consagração, só se esforce para fazer da melhor forma possível e com o melhor que puder ofertar de si. Afinal, é importante que você dê importância ao oráculo que está criando. Se for para fazer de qualquer jeito, nem faça.

Uma maneira interessante de fazer uma consagração levar em consideração os passos a seguir:

• Preparar um altar para consagrar as suas runas nele. Afinal, você não vai fazer isto em qualquer lugar, não é mesmo?

• Colocar Gelo e Fogo no altar. Esta etapa é opcional, mas é recomendada, afinal Fogo e Gelo são forças primordiais e muito presentes na mitologia nórdica. Comentei no post de introdução às runas que um dos mitos de criação das runas está intimamente ligado a estes elementos.

Você também pode acender uma vela, dedicada e devidamente consagrada  a uma divindade nórdica, impreterivelmente, para te auxiliar, guiando sua percepção e te ajudando a intuir sobre aquele jogo

• Purificar, novamente, as peças, para retirar os resquícios energéticos. Você vai imbuir as peças com a energia das runas, melhor que estejam purificadas energeticamente.

• Meditar com cada runa, e soprar seu nome sobre a peça correspondente. Esta etapa é importantíssima. Enquanto você canaliza a energia da runa, através da visualização dela, você a verbaliza seu nome segurando cada peça próxima à sua boca enquanto diz o nome da runa. Alguns fazem isto nove vezes, em razão do nove ser um número auspicioso para os nórdicos. É extremamente importante que você consagre cada peça individualmente, e tenha conhecimento ao menos dos principais significados e energias de cada runa, afinal, este é o momento principal. É como se a partir daí você desse “alma” ao seu jogo de runas.

• Untar cada uma das peças com um pouco do seu sangue, ou outro fluido corporal. Como forma de selar a conexão, ofertar algo de si em troca do conhecimento e da sabedoria que obterá através delas. Esta etapa é opcional, especialmente pelo fato de que se estas peças caírem em mãos erradas, podem ser utilizadas para atingir você, que está ligado a elas pelo fluido corporal.

Depois da consagração, alguns ainda aconselham a dormir com o jogo de runas debaixo do travesseiro (ou penduradas, à cabeceira) por nove noites, para intensificar a conexão.

Se a canalização do poder das runas através de seu desenho já é eficaz, agora imagine o quanto será ter um jogo devidamente consagrado consigo. Você terá em mãos verdadeiros talismãs, carregados de poder e energia! E quanto mais energia puder canalizar durante todo o seu processo de feitura e consagração, mais precisos seus oráculos serão.

Luã Musi

http://www.bruxodelua.com
@bruxodelua


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2 comentários sobre “Runas: Confecção e Consagração

  1. Olá eu fiz as minhas com madeira e gostaria de saber se posso só passar um incenso ao redor das peças chamando pelos espirítos dos deuses nórdicos?

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    1. Olá, Larissa! Seja bem-vinde!

      Vamos imaginar a situação da seguinte forma: na situação inversa, onde você seria uma divindade, você ficaria totalmente satisfeita em guiar uma pessoa que só passou um incenso ao redor das peças que quer consagrar como runas? Acha que só passar o incenso ao redor das suas peças é suficiente? Caso sim, faça apenas isto. O universo entende e usa as suas “variáveis”, na hora da magia, e leva em consideração sua maneira de observar as coisas. Se será suficiente, as runas dirão.

      Entretanto, caso você tenha a capacidade de fazer algo melhor, mais elaborado, e com um pouco mais de organização, faça!

      Agora a minha opinião pessoal: não faça “de qualquer jeito”. Dê o seu melhor. Afinal, você está prestes a consagrar uma ferramenta oracular que vai seguir contigo ao longo de toda a sua caminhada mágica. Toda a energia que você empregar na feitura, estará presente no resultado.

      Bênçãos!

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