Responsabilidade Mágica

Afinal, a magia é uma ferramenta, e não uma muleta.


QUADRO DE AVISOS

Saudações, Caminhante da Penumbra! Boas-vindas! Eu sou o Luã Musi. Este é o Bruxo de Lua, meu blog, onde compartilho conhecimentos sobre paganismo, magia e bruxaria, com muito das minhas vivências, práticas e gnoses pessoais. O blog é um projeto gratuito, logo, me ajuda muito se você recomendar para as pessoas que você conhece, por favor o faça, se o conteúdo ressoar com você.

Através da minha loja virtual, a Vipera Arcana, ofereço serviços de feitiçaria, aconselhamentos oraculares, e, fortuitamente, cursos envolvendo bruxaria e afins. Veja meu catálogo de serviços ao clicar aqui. Veja as minhas referências e feedbacks nas minhas redes sociais, aliás, me siga no Instagram também, lá eu posto conteúdo com mais frequência do que aqui.

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E para ter acesso a todos os meus links, clique aqui. Dito tudo isto, aproveite a postagem, a seguir.

Bênçãos, e boa jornada!


A cada dia me vejo mais impressionado, com a quantidade de pedidos, nos grupos, para fazer magicamente algo que pode ser muito bem resolvido facilmente, e sem magia. Antes de tudo, e um dever meu, como bruxo, resgatar a magia para a minha realidade e propagá-la, mas não é porque eu sou bruxo que eu vou sair lançando feitiço a torto e a direito. Apesar da bruxaria permear a minha existência, e fazer parte da minha rotina, é necessário prestar atenção nas coisas que não têm, de fato, ligação com esta. O post de hoje é inspirado em situações como as descritas a seguir.

Situação 1

“Briguei com minha namorada e ela está chateada comigo, foi uma briga boba, e eu sei por quê a chateei, o que posso fazer para que as coisas melhorem?”

Oras, não é muito mais fácil tentar resolver da maneira mais convencional, ou seja através do diálogo, como duas pessoas maduras? Assim se espera. Se você sabe, o que há de errado, e como resolver sem magia, por que usá-la? Para se sentir poderose? No controle da situação?

Magia é uma ferramenta. Importante salientar que, ao contrário de uma ferramenta física, que se desgasta com o uso: a magia só melhora com o passar dos usos. É como um músculo que você exercita a cada vez que usa. Por outro lado, para fazer magia, você usa energia. Não se faz magia “do nada”. Você “puxa” energia, e a envia na direção do seu objetivo, com o propósito de atraí-lo. A magia pode aproximar o seu objetivo de você, mas é você quem tem que pegá-lo, quando estiver ao seu alcance. Obviamente, a maior parte do trabalho, é por sua conta.

Imagine que a bruxaria é como uma vara de pescar, e seu objetivo é o peixe. O peixe não vai aparecer sozinho no anzol, não é mesmo? É você quem tem que fazer o movimento de arremessar a isca, pra pescar o seu objetivo. Mas, pense comigo, vale o trabalho arrumar uma vara de pescar, ajeitar isca e tudo bonitinho, para pegar um peixe que está em um pequeno aquário ao alcance de suas mãos?

Situação 2

“Ah, mais pode deixar, ele vai ver com quem se meteu, não devia ter dito que me viu dando uma escapada do trabalho no estoque. Não devia ter me dedurado pra gerente.”

Será que a pessoa do exemplo acima está no seu “direito de resposta mágica”? E se o fato de estar no estoque, para fugir do trabalho, sobrecarregou a outra pessoa que a reportou? É realmente injusto da parte desta repassar para a gerente?

Não quero entrar no mérito de falar sobre ética na magia, cada um faz o que bem entende e lida com as consequências do uso da magia. Só é preciso deixar claro que, ser uma pessoa crítica, é um passo muito importante para trabalhar questões de autoconhecimento. Quando você começa a perceber as causas e/ou motivos dos acontecimentos ao seu redor, uma chavinha liga e você começa a observar as coisas do lado de fora da caixinha, vendo toda a situação como um espectador e pesando mais se vale a pena envolver magia em algo que não tem necessidade. Especialmente caso venha a pensar em fazer algo que vá prejudicar outra pessoa por algo que você começou.

Situação 3

“Alguém sabe uma magia pra fazer na Lua Cheia? Quero muito fazer alguma coisa!”

Esse é o tipo de questão que me deixa realmente aborrecido. Fica claro que a pessoa não tem um propósito. Quer fazer magia apenas por fazer, não conhece as energias favorecidas durante o período da Lua Cheia (seguindo o exemplo), e pode vir a fazer algo extremamente estúpido, caso ouça um conselho que pode não ser bom. No mais leve dos casos, pode acontecer um Revés Mágico, e aí você que lute pra resolver.

Situação 4

“Colhi terra de cemitério, o que posso fazer com ela?”

Esse é outro tipo de questão que me deixa irritadiço. Olha só o que a criatura é capaz de fazer! Coletar terra de cemitério sem o menor conhecimento a respeito.

Gente, não custa dar um Google. Você vai achar muita informação errada, muita balela, mas também vai achar coisas sólidas. Pesquise em vários sites, o que estiver escrito na maioria deles, é um indício de que esta informação é confiável. O demais, experimenta! Se permita intuir e praticar. Mas sempre, antes de tudo, busque conhecimento!

Magia é intuição, conhecimento, e prática, tudo interligado. Sem conhecimento você pode intuir abobrinha achando que está abafando. Sem intuição, de nada vale o seu conhecimento, porque a sua prática pode ser muito mecânica. E sem prática, você não exercita o seu conhecimento, nem se abre para a intuição. Pro caso de magia divina, há a variável “devoção”, que se mescla à intuição, neste sentido.

Luã Musi

http://www.bruxodelua.com
@bruxodelua


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3 comentários sobre “Responsabilidade Mágica

  1. Achei muito pertinente essa tua fala. Demonstra seriedade e responsabilidade com o que se propõe a fazer. Acho muito relevante TB vc parar pra escrever a respeito, uma forma de ajudar a construir esse olhar crítico em quem chega buscando estudar ou conhecer ou simplesmente usufruir de magia. Pessoalmente me considero nova nos estudos sobre bruxaria, mas vim de outras tradições espirituais que já ensinavam sobre energia, relação dela com nossa psique, corpo e espírito. Tenho gostado de ler a respeito numa outra linguagem,m e perceber as semelhanças. Pelo menos, tem sido minha forma de me apropriar por enquanto. Gostando de conhecer seu blog. Muito obrigada por dividir seu conhecimento! Fiquei até inspirada quando vi vc dizer que é Geminiano, pq é o meu ascendente e já tentei ter blog umas três vezes mas nunca continuo pq mudava de interesse ou não tinha disciplina. Se tiver alguma dica para alguém a fim de escrever ass com consistência, agradeço demais. :)

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    1. Muito obrigado pelo feedback, Nara! Gêmeos é realmente um signo e tanto, não é!? Haha
      O segredo para escrever, na minha opinião, é não se regrar na obrigação de fazê-lo, porque a “obrigação de produzir aliena o prazer de criar”. Sempre que surge um tema, e me dá interesse de escrever, eu deixo acontecer, e onde quer que esteja, começo a falar sobre, num bloco de notas, no celular… coloco o máximo de informações possíveis, e depois vou completando com as minhas pesquisas, e relatos… é interessante, porque uma simples pergunta pode te inspirar a fazer um texto.
      O conselho que te dou é: deixa fluir! Às vezes eu tô deitado pra dormir e me vem inspiração de post… eu começo a escrever deitado mesmo. Hahaha
      Bênçãos e boa jornada!

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  2. Engraçado, é justamente o que faço: abro um bloco de notas e escrevo. Mas acabo perdendo pq fica um monte de blocos e coisas abertas, que em as minhas abas na internet. O blog era uma tentativa de reunir tudo num lugar só, mas daí é tanto interesse diverso que fico na dúvida de fazer blogs temáticos ou fazer tudo num canto só. Sabe a penseira do Dumbledore? A J.K. criou a definição de solução que eu queria na vida eheheh Um lugar pra guardar os pensamentos, pq é muita coisa e n dá pra lembrar. Um dos meus blogs tinha esse título até. Talvez eu retome depois desse teu incentivo. Quando eu crio eu paro de escrever, crio esse bloqueio mesmo. Quando n me obrigo a ter o blog, só o que tenho é ideias. Um desafio antigo. Mas obrigada por seu retorno. Sim, gêmeos é essa peça. ehehe abraços

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