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Plantas

Plantas. Este é o principal tema de estudo desta postagem. É bem comum chamarmos de “erva” todo material mágico oriundo do reino vegetal, mas não é exatamente por aí. Existem algumas denominações para diferentes tipos de plantas, segundo seus hábitos, ou seja, como elas se mostram na natureza: as mais comuns sendo ervas, arbustos, árvores, lianas (popularmente conhecidas como trepadeiras) e bulbos.

Hábitos das Plantas

Existem inúmeras formas de classificar plantas… quanto ao seu porte, quanto à sua aparência, quanto à sua longevidade… e de uma forma breve, aqui eu descrevo algumas classificações segundo os “hábitos”, talvez as mais comuns ou mais importantes para esta postagem.

• Arbustos
Possuem caule lenhoso e resistente, de forma similar às árvores, embora menos grosso. Suas ramificações ficam mais próximas ao solo. Arbustos são “árvores baixinhas”. Como exemplos, roseira, ixora, hortênsia, agave, lanterninha chinesa, hibisco, azaleia, e costela de adão. Embora todos os exemplos abaixo tenham flores, não necessariamente um arbusto precisa ter.

• Árvores
São plantas que vivem muitos anos, atingem alturas muito elevadas, e geralmente crescem lentamente. Apresentam caule lenhoso, na maioria das vezes ereto, e muito ramificado. As raízes abaixo do solo se estendem tanto quanto os galhos muito acima.

• Ervas (ou plantas herbáceas)
Possuem porte herbáceo. Genericamente, são plantas cujo caule não é lenhoso, desta forma, sendo muito pouco resistentes e extremamente maleáveis. Na grande maioria das vezes são “matinhos”, ficam bem próximas ao solo e apresentam coloração bem esverdeada. Exemplos: alecrim, lavanda, camomila e manjericão.

• Lianas (trepadeiras)
São mais extensas, na maioria das vezes, e formam “talos” ao invés de caules. Muito conhecidas como “trepadeiras”, as lianas penduram-se em outras árvores, das quais dependem de sua sustentação, em busca de luz solar, muitas vezes parasitando-as. Alguns exemplos bem conhecidos são videira, maracujazeiro, algumas espécies de feijão, glicínia, e primavera.

• Bulbos (ou plantas com bulbo)
As plantas com bulbo têm reservas subterrâneas de nutrientes, em um bulbo, que também tem a função de armazenar água. A exemplos, cebola, alho, e tulipa.

Sem sombra de dúvidas, existem muitos outros tipos de classificações, e dentro destas outras subclassificações. De repente, se for útil para você, aprofunde sua pesquisa a respeito. Esta postagem é apenas a pontinha do iceberg do universo da botânica.

PERGUNTA

• É errado dizer que o eucalipto é uma “erva” mágica?
Do ponto de vista botânico, sim! O eucalipto é uma árvore, não uma erva, como já sabemos. Entretanto, muitos de nós, nos acostumamos a falar de quaisquer plantas como “ervas”. Pelo senso comum, é passável, embora não seja correto. Na dúvida, usa “planta”.

Botânica Mágica

A botânica é a ciência que estuda as plantas, suas formas, seus fenômenos de crescimento, reprodução e morte, suas propriedades medicinais, e muito mais. Como implica a denominação, a botânica mágica é uma área de estudo cujo foco é observar as propriedades mágicas das plantas. A botânica mágica é uma pseudociência, porque apesar de alguns estudos apontarem que as plantas emitem certos tipos de energia, não há dados suficientes em teses científicas que endossem isto.

Muito além de questões acadêmicas, em um nível que nós que trabalhamos com energias ousamos sentir, as plantas tanto possuem energias próprias quanto acumulam energias do ambiente no qual estão ou são submetidas: chuva, calor, umidade, sereno, exposição ao Sol ou à Lua… enfim.

Eras antes da escrita e de existirem os catálogos, a humanidade utilizava as plantas magicamente. Os “xamãs” conversavam com os espíritos das plantas, e tinham acesso ao conhecimento de seus benefícios. Esta postagem tem o intuito de trazer um pouco de conhecimento a respeito de botânica mágica. Vamos lá!

Como Classificar Plantas* Segundo os Elementos

^{*Observe que com “plantas”, me refiro nestes parágrafos a quaisquer seres de origem vegetal. Sem distinção de forma. Importante levar em consideração que as informações listadas a seguir são guias, e podem haver outros critérios de classificação mais eficazes, acurados ou afáveis à sua forma de fazer magia. Então, observe este guia, mas estude muito mais além que ele.}

No geral, plantas que em condições normais têm um aroma muito evidente que pode ser sentido de muito distante (lavanda e jasmim, por exemplos) podem ser associadas ao Ar – visto que o olfato é o sentido mais influenciado pelo ar. Assim como árvores que crescem muito alto e permanecem “finas” com relação ao tronco.

Plantas que crescem absurdamente e seu caule engrossa bastante, como árvores imponentes são associadas ao elemento Terra. Assim como plantas que crescem rasteiras, pouco acima da terra (cogumelos, por exemplo), ou crescem abaixo da superfície (tubérculos como batata, ou raízes como a macaxeira).

Plantas muito aquosas (melancia, por exemplo) podem ser associadas à Água (porque são em maioria água), além das plantas que só sobrevivem em ambiente aquático ou que dependem de uma quantidade muito grande de água via rega para sobreviverem.

E por último, mas não menos importante, as plantas picantes (pimentas, por exemplo), capazes de produzir algum efeito irritante (urtigas, por exemplo) em contato com a pele ou mucosas, espinhosas, ou que não precisam de muita água para sobreviver, podem ser associadas ao elemento Fogo. Plantas venenosas são comumente associadas ao elemento Fogo, também.

Observe que muitas plantas podem ser associadas a mais de um Elemento, por apresentarem características distintas.

Preparados Mágicos e Técnicas com Plantas

Aqui a gente já tem uma postagem sobre poções e elixires como preparados mágicos, clique no link para visitar.

Chás e tinturas são maneiras eficazes de trazer a energia das plantas para dentro do nosso corpo. Entretanto, observe que quando ingerimos algum tipo de planta, além da energia, estamos ingerindo suas propriedades medicinais. E nem toda planta deve ser ingerida. Muito cuidado! Um exemplo muito conhecido é o fato da canela ser abortiva. Deste modo, uma gestante precisa ter cuidado com a ingestão desta. Em caso de dúvida sobre poder ou não utilizar uma planta para algum fim medicinal, procure apoio profissional.

Tinturas ingeríveis também são boas maneiras de trazer para o corpo a energia de uma ou mais plantas, e assim como com os chás, é necessário bastante cuidado. Não esqueçam que a magia culinária é completamente ligada ao uso de plantas. É possível fazer óleos comestíveis, também, agregando a energia do Fogo, algumas vezes, já que a maioria dos óleos aromatizados e comestíveis é feita com ajuda de calor.

Banhos e escalda-pés são comumente utilizados para questões que tenham a ver com o elemento Água, visto que um banho mágico é uma lavagem. A água tanto lava quanto transmite energias. Não esqueça que um bom banho revigora. Com ervas, então…

Defumações e incensos naturais são ótimas maneiras de utilizar plantas combinadas à energia do Ar e do Fogo, já que em suma, são plantas queimando e liberando fumaça. Perfumes e sprays combinam a energia do Ar e da Água, obviamente, por se tratarem de líquidos.

Pós são maneiras comuns de utilizar ervas junto da energia da Terra, sobretudo os pós secos. Pós muito finos, que dê para soprar, agregam energia do Ar, também. E além disto, outra maneira de trabalhar plantas com o elemento Terra é cultivá-las, ou até mesmo ter vasinhos de plantas espalhados pela casa, ou trabalho. Inclusive em amuletos.

A melhor maneira de trabalhar a energia de plantas, especificamente com o Fogo, é queimá-las, para que liberem energia. Ou próximo, de forma segura, a fontes de calor.

Dicas de Magia com Plantas

• Sempre que for utilizar alguma planta em suas práticas mágicas pesquise um pouco sobre ela. Não é nada complicado, é só jogar no Google ou em outro buscador “usos mágicos de tal planta“. Tem muito material em português, mas é possível que você só encontre sobre determinadas plantas pesquisando em inglês.

• Atos de cuidado são ótimas maneiras de criar ou desenvolver uma conexão com as plantas: plantar, regar, aplicar energia para que cresçam saudáveis, podar, e mais. Dê energia, principalmente às plantas com as quais você mais trabalha. É uma troca, afinal.

• Converse com as plantas! Sim, você não está ficando doide – e nem tampouco eu o sou, por dizer. Escute sua intuição, e “ouça” as plantas falarem contigo! Na maioria das vezes, através de sensações, ou emoções, ou inspirações. Muitas vezes, algumas plantas vão “sussurrar” para você um uso não descrito nos livros, ou algo que estas estejam dispostas a trabalhar com você.

• Não é porque você viu em algum lugar que tal planta é boa para trabalhar tal coisa que esta planta estará disposta a trabalhar com você nesta questão.

• Descubra suas plantas de poder. Ou seja, as plantas com as quais você tem maior conexão. Seja por escolha, por conexão, ou por algum tipo de associação. Observe as plantas com as quais você mais gosta de trabalhar e seus efeitos em seus feitiços.

• Pesquise sobre “Espíritos das Plantas”. Basicamente, são espíritos que são a consciência e carregam a “essência” de cada tipo de planta.

Tabela de Correspondências

Anunciei que faria algo que vocês não veem com frequência por aqui: uma tabela de correspondências. Entretanto, voltei atrás, e sigo veemente nesta decisão. Muitos já se dedicaram a fazer tabelas de correspondências generosamente completas, e você as encontra facilmente em livros, e pela internet. Sugiro buscarem por nomes como Scott Cunningham e Paracelso. Todavia, não tome suas tabelas como verdades absolutas. Procure fazer suas próprias pesquisas e chegar às suas próprias associações.

Luã Musi

http://www.bruxodelua.com
@bruxodelua